segunda-feira, julho 31, 2017

Resultado de imagem para os enjoos das grávidasOS ENJOOS DAS 

GRÁVIDAS
















Na década de 1950 foi receitado às mulheres grávidas um medicamento chamado Talidomida para combater os enjoos matinais e indisposições características destas situações e que se julgava, então, não ter efeitos colaterais.

O resultado foi trágico com milhares de crianças deficientes em todo o mundo. Um deles passa por mim frequentemente aqui nas ruas da cidade,

A produção deste medicamento foi suspensa mas continuou a pensar-se que os enjoos e indisposições da gravidez eram algo que tinha de ser curado.

Hoje, sabe-se que as mulheres estão biologicamente preparadas para protegerem os seus bebés durante o seu desenvolvimento.

Repare-se:

- As grávidas evitam, instintivamente, certos alimentos;

- Os alimentos ingeridos deslocam-se durante mais tempo ao longo dos intestinos;

- O fluxo sanguíneo para os rins aumenta;

- O fígado eleva gradualmente a produção de enzimas;

- O nariz torna-se mais sensível aos cheiros;

- Até o hábito, aparentemente bizarro, de comer argila ganha sentido porquanto está provado que a argila reduz a absorção de produtos químicos tóxicos sendo usada para tratar de problemas de estômago e náuseas.

Tudo isto configura um importante “Plano de Guerra” biológico que evoluiu durante milhões de gerações, muito antes do aparecimento da nossa espécie, para resolver um problema recorrente de sobrevivência e reprodução.

É que os enjoos da gravidez ocorrem principalmente durante aquele período em que no feto se desenvolvem os principais sistemas de órgãos e que constitui um momento mais sensível às toxinas.

Em 1940, um médico investigador referia que as mulheres que sofriam de enjoos graves durante a gravidez tinham menos propensão para abortar.
Os alimentos mais condimentados e amargos são mais susceptíveis de provocar enjoos do que os alimentos insípidos sabendo-se, como se sabe, que esses alimentos muito condimentados e amargos estão implicados em abortos e deficiências do feto.

Percebe-se, assim o motivo, porque sendo os enjoos, em si mesmo, desagradáveis à mulher e ao bebé que vai nascer, pelo qual milhões e milhões de mulheres em todo o mundo ficam misteriosamente “enjoadas” quando engravidam e isto, sabendo-se, que a selecção natural elimina as coisas que são desagradáveis.

Portanto, em resumo, os enjoos da gravidez não constituem um mal que deva ser curado, mas tão-somente um mecanismo testado e aprovado ao longo de milhões de gerações, dentro do processo de selecção natural, para ajudar a resolver o problema da sobrevivência e reprodução.


“A Evolução Para Todos” David Sloan Wilson

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